
Talvez o amor seja possível
Talvez eu o torne impossível,
Ou talvez simplesmente não tenha condições de cultiva-lo.
Talvez deva aderir ao Pragma, quase um negócio, onde se prioriza o lado prático das coisas. O indivíduo avalia quase que matematicamente todas as possíveis implicações antes de embarcar num romance. Se a média demonstrar um possível namoro de futuro, ele investe. Se não, desiste. Obedecendo sempre uma lista de pré-requisitos para o parceiro ideal, levando em conta o conforto material. O que será que a minha família vai achar? Se eu me casar, como estarei daqui a cinco anos? Como minha vida vai mudar se eu me casar? Típico amor egocêntrico e individualista interessado em fazer bem a si mesmo, esperando sempre algo em troca.
Mas acho que me familiariso mais com o Philia, amor dedicado ao outro, sempre antes do próprio interesse. Entrega total , abrindo mão de tudo pelo amado. Investindo na relação, mesmo sem ser correspondido ou não se dando conta disso. Afinal o que importa é a felicidade do amado...humm não, já vivi esse amor incondicional, investir no mesmo erro seria burrice.
No fim, ainda sonho com um Storge, amor tranqüilo e afetuoso. Quem nunca sonhou com uma relação estável, onde o que vale é cativar e não seduzir.
No fim das contas o que move relações são:
Atração física com seus instintos fisiológicos e sexuais, onde o que vale é o prazer.
Paixão, a irracionalidade do instinto de possuir o objeto do desejo.
E o amor interpessoal, que pode ser amizade, carinho, atração física, parentesco, paixão ou simplesmente encontros casuais.
Teria o amor dado lugar a encontros e trocas casuais, onde após satisfeitos os desejos de ambos, cada qual toma seu rumo? E mais tarde fica se lamentando por ser sozinho? Será?
Concluindo, diria que amor é escolha.