segunda-feira, 23 de maio de 2011

Quilombo Urbano Chácara das Rosas


Durante essa semana o blog vai apresentar,em um artigo dividido em cinco partes, o quilombo urbano Chácara das Rosas e tentar desenvolver algumas questões referentes ao etnodesenvolvimento.

O quilombo é formado por uma área de meio hectare onde vivem cerca de 32 famílias, no bairro Marechal Rondon,bairro nobre de Canoas.

A origem da comunidade de Chácara das Rosas está ligada a um quilombo mais antigo, Manoel Barbosa. A fundadora de chácara das Rosas Rosa Barbosa de Jesus, era uma das 12 filhas de Manoel Barbosa e Maria Luiza Paim de Andrade, fundadores do quilombo de Manoel Barbosa, localizado em Barro Vermelho, no município de Gravataí.

Manoel comprou terras de um antigo senhor de nome José Joaquim Barbosa e Maria Luiza ganhou o restante das terras de sua antiga senhora e madrinha chamada Isaura.

Rosa Barbosa de Jesus nasceu no quilombo de Manoel Barbosa em 1908, saindo de lá aos dezoito anos, época em que se casou com João Maria Generício de Jesus. Quando vieram se estabelecer em Canoas,na chácara das Rosas, sendo que as terras podem ter sido obtidas por meios de compra ou doação.

Na época as terras encontravam-se em uma área rural, com muita mata e habitações esparsas. A oferta de terras baratas foi mais um incentivo para famílias viessem a se estabelecer em Canoas.

Parte do território original de Chácara das Rosas foi perdida para ocupantes vizinhos ou ainda foi doada por João Generício a outras pessoas que apareciam na região.

Continua

Por André Tegner

Diferentes Interpretações



Sabe aquela coisinha chamada sentimento, incontrolável por muitas vezes. Pois então, me recuperando de uma paixonite mal interpretada, onde lê-se...sentir aquele algo a mais por alguém que não estava na mesma sintonia. Eu sei...burrice depois de certa idade...mas acontece. Enfim,prefiro não escrever sobre porque nãos seria nem ético...mas encontrei um texto de Martha que acho interessante:

Para meus amigos que estão...SOLTEIROS
O amor é como uma borboleta. Por mais que tente pegá-la, ela fugirá.
Mas quando menos esperar, ela está ali do seu lado.
O amor pode te fazer feliz, mas às vezes também pode te ferir.
Mas o amor será especial apenas quando você tiver o objetivo de se dar somente a um alguém que seja realmente valioso. Por isso, aproveite o tempo livre para escolher .

Para meus amigos...NÃO SOLTEIROS
Amor não é se envolver com a "pessoa perfeita", aquela dos nossos sonhos.
Não existem príncipes nem princesas.
Encare a outra pessoa de forma sincera e real, exaltando suas qualidades, mas sabendo também de seus defeitos.
O amor só é lindo, quando encontramos alguém que nos transforme no melhor que podemos ser.

Para meus amigos que gostam de...PAQUERAR
Nunca diga "te amo" se não te interessa.
Nunca fale sobre sentimentos se estes não existem.
Nunca toque numa vida, se não pretende romper um coração.
Nunca olhe nos olhos de alguém, se não quiser vê-lo derramar em lágrimas por causa de ti.

A COISA MAIS CRUEL QUE ALGUÉM PODE FAZER É PERMITIR QUE ALGUÉM SE APAIXONE POR VOCÊ, QUANDO VOCÊ NÃO PRETENDE FAZER O MESMO.

Para meus amigos...CASADOS.
O amor não te faz dizer "a culpa é", mas te faz dizer "me perdoe".
Compreender o outro, tentar sentir a diferença, se colocar no seu lugar.
Diz o ditado que um casal feliz é aquele feito de dois bons perdoadores.
A verdadeira medida de compatibilidade não são os anos que passaram juntos;
mas sim o quanto nesses anos vocês foram bons um para o outro.

Para meus amigos que têm um CORAÇÃO PARTIDO
Um coração assim dura o tempo que você deseje que ele dure, e ele lastimará o tempo que você permitir.
Um coração partido sente saudades, imagina como seria bom, mas não permita que ele chore para sempre.
Permita-se rir e conhecer outros corações.
Aprenda a viver, aprenda a amar as pessoas com solidariedade, aprenda a fazer coisas boas, aprenda a ajudar os outros, aprenda a viver sua própria vida.

A DOR DE UM CORAÇÃO PARTIDO É INEVITÁVEL, MAS O SOFRIMENTO É OPCIONAL!
E LEMBRE-SE: É MELHOR VER ALGUÉM QUE VOCÊ AMA FELIZ COM OUTRA PESSOA, DO QUE VÊ-LA INFELIZ AO SEU LADO.

Para meus amigos que são...INOCENTES.
Ela(e) se apaixonou por ti, e você não teve culpa, é verdade.
Mas pense que poderia ter acontecido com você. Seja sincero, mas não seja duro; não alimente esperanças, mas não seja crítico; você não precisa ser namorado(a), mas pode descobrir que ela(e) é uma ótima pessoa e pode vir a se tornar uma(um) grande amiga(o).

Para meus amigos que tem MEDO DE TERMINAR.
As vezes é duro terminar com alguém, e isso dói em você.
Mas dói muito mais quando alguém rompe contigo, não é verdade?
Mas o amor também dói muito quando ele não sabe o que você sente.
Não engane tal pessoa, não seja grosso(a) e rude esperando que ela(e) adivinhe o que você quer.
Não a (o) force terminar contigo, pois a melhor forma de ser respeitado é respeitando.

Pra terminar ...

Eterno, é tudo aquilo que dura uma fração de segundo, mas com tamanha intensidade, que se petrifica, e nenhuma força jamais o resgata....
Um dia descobrimos que beijar uma pessoa para esquecer outra, é bobagem.Você não só não esquece a outra pessoa como pensa muito mais nela...
Um dia descobrimos que se apaixonar é inevitável...
Um dia percebemos que as melhores provas de amor são as mais simples...
Um dia percebemos que o comum não nos atrai...
Um dia saberemos que ser classificado como o "bonzinho" não é bom . .
Um dia perceberemos que a pessoa que nunca te liga é a que mais pensa em você...
Um dia percebemos que somos muito importante para alguém, mas não damos valor a isso...
Um dia percebemos como aquele amigo faz falta, mas ai já é tarde demais...
Enfim...
Um dia descobrimos que apesar de viver quase um século esse tempo todo não é suficiente para realizarmos todos os nossos sonhos, para dizer tudo o que tem que ser dito...
O jeito é: ou nos conformamos com a falta de algumas coisas na nossa vida ou lutar para realizar todas as nossas loucuras...
Quem não compreende um olhar tampouco compreenderá uma longa explicação.

Escrito por Martha Medeiross

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Season finale


U m episódio final...lidar com finais não é algo que eu faça melhor diga-se de passagem.

Diferente de uma série de TV onde você aguarda com fervor o último episódio da temporada (a menos que ela esteja na listinha de cancelamentos), na vida também temos o nosso último capítulo, o que chamamos de morte. Dolorosa, reflexiva, encarada de diversas formas, levando em consideração religião ou postura pessoal mesmo.

Mas acho complicado mesmo o último episódio em vida, finais de namoro, rompimento de amizade. Surge então aquele ar de decepção, de “série” não renovada por baixa audiência ou seria dizer, de inconsistência de idéias ou atitudes, erro de seguimento no roteiro.

Season finale, sem final feliz...sem fim...na esperança de uma renovação que não vem.
Como disse minha prima: “Teus textos não andam fazendo sentido”. Devolvo com uma pergunta: A vida faz?

Enfim, divagando...

terça-feira, 17 de maio de 2011

STOP Homofobia


17 de maio Dia Internacional contra a Homofobia , data que lembra a exclusão da Homossexualidade da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde da Organização Mundial da Saúde em 17 de maio de 1990, oficialmente declarada em 1992.

Acompanhando os comentários sobre a votação do STF a algumas semanas atrás( em chat's e blogs) fica evidenciado o quanto o país é discriminatório.

Sendo que o poder "político" não fez sua parte, uma vez que lhe custaria preciosos votos, coube ao STF ser coerente.

Em um país que luta pela distribuição de renda, entretanto não vê com bons olhos o direito de ir e vir do próximo, resta sonhar com uma alteridade...distante, diga-se de passagem. Fato bem claro na “guerra santa” que se instalou no congresso contra o PL 122.

Aliás, voltando a votação do STF, algumas frases que chamaram a atenção e merecem ser lembradas:

Ministra Ellen Gracie: “Uma sociedade decente é uma sociedade que não humilha seus integrantes”.

Ministro Celso de Mello: “Ninguém pode ser privado de seus direitos políticos e jurídicos por conta de sua orientação sexual.”

Ministro Marco Aurélio de Mello: “O Brasil está vencendo a luta contra o preconceito. Isto significa fortalecer o Estado democrático de Direito.”

Ministro Gilmar Mendes: “Diante de um texto Constitucional aberto, que evolui, está na hora de tomar uma posição.”

Ministro Joaquim Barbosa: “Cumpre a esta Corte buscar impedir o sufocamento e o desprezo das minorias por conta das maiorias estabelecidas”.

Ministro Ricardo Lewandowski: “O Estado precisa colocar sob seu amparo as famílias homoafetivas, conferindo-lhes os mesmos direitos da união estável heterossexual”.

Ministra Cármen Lúcia: “Pluralismo tem que ser social para se expressar no plano político. E os cidadãos precisam ser livres para que tenham uma sociedade plural”.

Ministro Luiz Fux: “É hora da travessia. Se não ousarmos fazê-la, ficaremos para a eternidade à margem de nós mesmos”.

Ministro Ayres Britto: “Aqui é o reino é da igualdade absoluta, pois não se pode alegar que os heterafetivos perdem se os homoafetivos ganham. Essa dedução, essa conclusão, não se coloca”.

Referencial:

Twitter STF e Wikipedia

Etnografia do velório - Parte Final "sutil" até na morte


Nos velórios tradicionais onde o defunto pertence a uma comunidade é está em dia com sua contribuição anual a mesma, o velório tem teoricamente a função de cumprir o sagrado dever de solidariedade, oferecendo conforto à família enlutada.

Analisando o ambiente do velório percebo que se trata muito mais de um ato de socialização do que de conforto espiritual, ou seja, mais uma presença física em função de costumes e assim ignorando o sentimento e compostura espiritual. Fato este é evidenciado em função do barulho na sala onde se realiza o velório. Barulho este formado por grupos de conversa onde os assuntos são variados, desde fatos do cotidiano, quanto a um resumo da vida do defunto (muitas vezes tentando desqualificar o mesmo), como também a causa da morte.

O velório que em tese está ligado a um sentimento de profunda tristeza, nesta análise se caracterizou como uma reunião social, onde velhos amigos se reencontram, como o ensejo de conversar. Durante o dia o velório é freqüentado em sua maioria por senhoras idosas e aposentados, ao meio dia por pessoas que aproveitam a folga referente ao horário de almoço no trabalho para cumprir sua obrigação social. Já à noite o velório e freqüentado por casais, onde após visita ao caixão o homem tende a dirigir-se para fora do recinto para encontrar outros indivíduos do sexo masculino, enquanto as mulheres sentam-se em grupos no próprio recinto, com o intuito de conversar.

Os homens tendem a contar piadas, falar de futebol e mulheres. Já as mulheres tendem a falar sobre as vestimentas, alguma fofoca ou ganho de peso das demais. Fato é que ninguém se dá ao trabalho sequer de reduzir o volume da voz, principalmente ao aproximar-se o horário do sepultamento, quando o recinto acolhe maior número de pessoas.

Ao aproximar-se o sepultamento é tradição o pastor ou padre realizar uma homenagem ao falecido, sendo que a duração desta está diretamente ligada ao status que o falecido apresenta perante a cidade. Durante o discurso são elencados os feitos e contribuições do mesmo em relação à comunidade, como também citados os nomes dos familiares enlutados. Na cerimônia o falecido é lembrado com palavras elogiosas, já que as reminiscências e aspectos negativos de seu comportamento já foram devidamente debatidos pela comunidade com chistes e fofocas durante o velório, fato este anteriormente citado. Durante esta celebração são entoadas canções por parte do coral da cidade. Coral este que cobra uma anuidade, caso contrário não haverá coro na cerimônia.

O número de pessoas que freqüenta o velório é usado como indicador da popularidade do falecido, sendo este fato comentado no dia posterior ao velório. Fato este ocorrido nos dois velórios observados onde em um comentou-se: "Que velório bonito! Quanta gente!", já no outro referente a um individuo menos conhecido o comentário foi "Que tristeza! Velório vazio” Fato que me surpreendeu foi de um comentário de uma senhora referente às lágrimas derramadas pelo viúvo, sendo que esta as considerou insuficientes e também o modelo do caixão, o qual caracterizou como simples demais.

Outros indicadores de popularidade dizem respeito à quantidade de flores depositadas junto ao caixão e o número de coroas que o mesmo recebeu. As coroas geralmente são oferecidas por familiares, empresas e entidades da cidade, tudo de acordo com a popularidade do falecido.

Hábito observado na pesquisa de
campo foi da assinatura de um livro de presença, onde algumas pessoas entrevistadas durante o estudo dizem que é um hábito corriqueiro, outras revelam que familiares do falecido identificam por meio deste , pessoas que não compareceram a cerimônia (velório).

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Subjetividade.com


Eles chegaram para ficar: os cursos modalidade à distância, objetivando tempo, se espalharam rapidamente pelo país. Críticas a parte costumo dizer que quem acha curso EAD fácil é por que não tem de ler cinco artigos por semana, resenhar, postar, desenvolver. Enfim...

Antes dos cursos vieram as relações virtuais... quem nunca teve um amigo virtual que atire a primeira pedra.

Pois bem, o que tem me levado a analisar estas relações virtuais é a dúvida intrínseca relacionada à subjetividade dessas relações.

É possível comparar uma amizade virtual com uma digamos “presencial”? E o amor? Existe verdadeiramente amor virtual ou não é mais do que passa tempo de gente carente e anti-social?

Até alguns dias atrás, ou devo dizer horas? não sei... eu diria que é possível comparar. Mas analisando mais profundamente, ou seria melhor dizer “xeretando” mais profundamente páginas em redes sociais alheias, você se depara com informações que “presencialmente” talvez você nunca ficasse sabendo.

Não dá para negar, seja virtualmente , seja presencialmente, criamos” imagens”, ou seria um perfil em relação as pessoas. E aí entra o perigo do virtual, uma frase mal colocada, uma vírgula, um ponto a mais, um m no "hum" acabam gerando distorções. E como é difícil formar opinião em 140 caracteres.

E aí?...E então aquela pessoa passa a não ser bem o que se imaginava, ou seria melhor dizer, o que nosso ego, coração, desejo gostaria que fosse.

Como na “vida real” você passa a evitar, não responde recados, bloqueia, dá unfollow... simples? Não sei não...

Tudo uma questão de perspectivas e de como você lida com essa ferramenta chamada internet...

E você? Consegue estabelecer um vínculo de amizade, amor, ódio via internet? Ou é tudo uma brincadeirinha? Um passa tempo? Afinal...redes sociais são extensões da “vida real”?

Eu sei, você está pensando “ Ele enrolou e não chegou a uma conclusão”. Tenho de dizer: é verdade. Quem sabe você me ajuda a chegar a uma conclusão...